O industrial
Sejamos clarinhos como a água: Pedro Proença é uma figurinha sem relevância em Portugal. Mas é uma figurinha com palco mediático. Palco este que é suficientemente amplo para lhe permitir, no quadro de uma situação sem precedentes na vida das gerações de portugueses que se cruzam neste início de 2020, vir criticar o primeiro-ministro de um país em luta contra uma pandemia por suposta falta de respeito pela "indústria do futebol".
Sou insuspeito de simpatias pelo primeiro-ministro e pelo seu Partido. Nunca votei PS e creio que nunca o farei. Considero aliás que António Costa tem sido um "bluff", estilo personagem de marketing num país sem orientação nem as políticas necessárias para a resolução do seu mais profundo e estrutural déficite, que é o da distribuição da riqueza e dos rendimentos.
Dito isto, creio que Costa tem estado globalmente bem durante estes dias terríveis e que, no que respeita às suas declarações sobre o futebol ("o Estado tem que definir quais são as prioridades e, manifestamente, essa [o futebol profissional] não é uma das nossas prioridades sociais"), esteve como se quer nestas circunstâncias: claro, objectivo, curto e grosso. E lúcido, já agora.
Proença, a figurinha, veio esbracejar para se fazer ver e ouvir a partir do fundo do poço em que foi - também ele - enfiando o futebol profissional indígena. E do fundo do poço declarou, ridículo, que "o futebol não é um mundo à parte, tem de ser tratado como o turismo ou a distribuição, ou como a cultura". Transcrita a sua declaração chego à conclusão de que não são necessários quaisquer comentários, por ser no contexto em que vivemos a prova-provada de que, ao contrário do que afirma, o futebol (nomeadamente o profissional) é mesmo um mundo à parte.
A figurinha é presidente de uma Liga que decorre sem público nas bancadas, e não me refiro apenas aos jogos da ridícula formação que usa um estádio da Cruz Quebrada. Poderia a "Liga Portugal" realizar mais de dois-terços dos seus jogos sem temer risco acrescido de contágio por Coronavírus já que pessoas nas bancadas é coisa que pouco se vê. Que perca - ou ganhe, se for capaz - o seu tempo a encontrar soluções para essa triste realidade, e deixe quem trabalha por um bem maior fazer o que lhe compete sem o seu ridículo ruído em bicos de pés.
[na imagem o jogo entre a equipa da Codecity e o Moreirense, disputado no Estádio do Bonfim, e que contou com a presença de 298 espectadores, recorde de pior assistência de sempre nos jogos da "Liga" desde que existem registos]
Proença, a figurinha, veio esbracejar para se fazer ver e ouvir a partir do fundo do poço em que foi - também ele - enfiando o futebol profissional indígena. E do fundo do poço declarou, ridículo, que "o futebol não é um mundo à parte, tem de ser tratado como o turismo ou a distribuição, ou como a cultura". Transcrita a sua declaração chego à conclusão de que não são necessários quaisquer comentários, por ser no contexto em que vivemos a prova-provada de que, ao contrário do que afirma, o futebol (nomeadamente o profissional) é mesmo um mundo à parte.
A figurinha é presidente de uma Liga que decorre sem público nas bancadas, e não me refiro apenas aos jogos da ridícula formação que usa um estádio da Cruz Quebrada. Poderia a "Liga Portugal" realizar mais de dois-terços dos seus jogos sem temer risco acrescido de contágio por Coronavírus já que pessoas nas bancadas é coisa que pouco se vê. Que perca - ou ganhe, se for capaz - o seu tempo a encontrar soluções para essa triste realidade, e deixe quem trabalha por um bem maior fazer o que lhe compete sem o seu ridículo ruído em bicos de pés.
[na imagem o jogo entre a equipa da Codecity e o Moreirense, disputado no Estádio do Bonfim, e que contou com a presença de 298 espectadores, recorde de pior assistência de sempre nos jogos da "Liga" desde que existem registos]
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